sábado, 21 de abril de 2018

INCONFIDÊNCIA MINEIRA, “CONSPIRAÇÃO” SEM POETAS nos marcos da crise e decadência monárquica de Portugal



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uito se tem falado sobre a “Inconfidência Mineira”1, o martírio de “Tiradentes”, o que ambos os fatos representaram para a evolução política do Brasil dos séculos XVII e XVIII. Lembrando também do uso que certa historiografia fez desta “epopeia” de uma “conspiração” que nunca houve: perseguir, prender, torturar e assassinar pelo simples fato de existir como pensamento, um ideal de liberdade liberal, nunca colocados em prática pelos representantes da elite. É preciso ter a dimensão de tempo e espaço dos acontecimentos que foram forjados à luz da decadência da “metrópole” lusitana, na mesma proporção que se esgotavam os ciclos da economia brasileira, sempre determinada pela economia europeia. As idas e vindas de ciclos coloniais, o crescente processo de urbanização das cidades estava diretamente vinculado à economia de extração do ouro aluvial, durante a qual foi se fortalecendo uma camada média de agentes da Coroa, cada vez mais descontente com os rumos que o exclusivismo colonial tomava. O antigo sistema colonial despedaçava-se gradativamente ao longo do século XVII, e com ele a superficialidade opulenta da corte portuguesa.

domingo, 1 de abril de 2018

O UNIVERSO POLÍTICO DE STEPHEN HAWKING: somos “produto das flutuações quânticas do Universo”


M
uito se tem falado acerca do pensamento científico de Stephen Hawking, recém-falecido, a partir do qual a mídia corporativa dominante rendeu-lhe inúmeras homenagens lacrimosas póstumas. Claro, sempre com o extremo cuidado de ocultar as raízes de seu amplo e vasto arcabouço teórico: a filosofia e sua postura anticapitalista e anti-stablishment! Embrulha o estômago assistir governos reacionários como o atual britânico render-lhe homenagens “entusiásticas” destacando o seu lado “pop” como herdeiro de outro ícone pop: Einstein. Hawking foi severo crítico da coroa britânica em política social e econômica. O Universo de Hawking era bem mais vasto, muito além da sua formulação “pop” cortês e singelamente apresentada pela burguesia em todo o planeta! A visão de mundo do cientista sempre fora bastante crítica em relação ao modo burguês de vida, muito em razão de sua mãe ter sido militante do Partido Comunista Inglês na década de 30. Em sua maturidade, dera início a estudos que o conduziram a negar que o Universo fora “criado” do zero, ou por algum ente superior; porém não viveu o suficiente para nos contar...